sábado, 14 de abril de 2007

Mudança

Agora estou no www.muitopouco.com.br
Quem puder apareça por la.

quarta-feira, 11 de abril de 2007

Surpresas do Dia

Hoje (11/04/2007) o Jornal Folha de S. Paulo, através da coluna da Mônica Bergamo, me surpreendeu duplamente. Primeiro, porque deu uma nota sobre o ciclo de palestras para comemorar os dez anos revista Caros Amigos. Uma alma deve ter sido salva do purgatório. Mas... segundo a mesma coluna, mais uma vez, o ex-presidente FHC me chamou de idiota, (coisa que ele adorar fazer). Numa palestra recente ele “(...) Falou de desemprego, cidadania e da necessidade de os brasileiros resgatarem valores como os de família. ‘Hoje em dia, todo mundo casa, descasa, não casa. Todo mundo tem filho aqui, tem filho ali...’ observou.” E a pobre alma foi levada de volta ao purgatório. Que tal a Caros Amigos colocar no seu sitio a matéria sobre o filho que ele nunca assumiu, publicada na edição de abril de 2000?

terça-feira, 3 de abril de 2007

Papa de luxo

Olhando para os números e o luxo que está cercando a visita do Papa ao Brasil, não consigo deixar de pensar: Ou Jesus Cristo não era nada do que dizem que ele foi... Ou Jesus Cristo não fez nada do que dizem que ele fez... ou então, definitivamente, essa Igreja Católica não o representa coisa nenhuma!

sexta-feira, 30 de março de 2007

Eu não estou aguentando mais

Dois acontecimentos me chamaram atenção esses dias.

Uma delas, a prisão da filha de uma apresentadora de TV, sob a acusação de tráfico de drogas. Pelo que li a quantidade de “coisas” que a menina carregava não era tão pequena... Já está na rua...

Agora essa prisão do Rabino. A forma como a imprensa está tratando. Muitos não deixam de noticiar porque a lógica é mesmo a do lucro... mas estão todos “cheios de dedos” ao comentar o caso.

Não defendo que essas pessoas tenham que ser tratadas a ferro e fogo. Não me parecem pessoas “perigosas”...

O problema é o de sempre... são loiros, têm altas contas bancárias... e isso faz a diferença.

Imaginemos se fosse um “menor, negrinho”... lei de crime hediondo nele!... Vamos logo baixar a menoridade penal!...

Estou cada vez mais enojada de tudo isso... não sei por quanto tempo ainda vou conseguir agüentar, com um mínimo de sanidade.

Minha cabeça e meu coração estão cada vez mais cansados.

terça-feira, 27 de fevereiro de 2007

Oscar, o chato!

Gostei deste texto, publicado no Jornal Folha de S. Paulo de hoje (27/02/2007):

É preciso remar contra essa onda das estátuas!

FERNANDO BONASSI - COLUNISTA DA FOLHA –

Para desafinar o coro dos babacas, é preciso remar contra a onda das estátuas!
Nunca é demais lembrar aquele velho dramaturgo, roteirista ou comunista alemão: que é realmente muito, mas muito triste que um artista precise de estátuas para se animar a criar.

É triste como enterro de criança que esta imprensa endividada precise de estátuas para ter o que dizer dos artistas embalados por modistas; e mais burro, duro ou triste do que isso é a educação artística de uma população que precisa de estátuas para se distrair da sua própria situação, que só não é parada como essa merda dessa estátua cobiçada porque a miséria mais fedida em que se agita essa massa é uma barbárie desgraçada de aflita...
É aqui mesmo, macacada, onde a molecada se arrasta como o Judas que é linchado por prefeitos tresloucados!

É triste para caramba, para não dizer besteira numa terça-feira de trabalho!
É muito, mas muito triste ver um país de dedo em riste ou apontado para os gatilhos dos controles cair nessas armadilhas de propaganda charmosa, ou enganosa, e parar para ver passar um instante infeliz, gozando com a coisa da pompa do luxo alheio, apesar do lixo feio em que vivem mergulhados e amesquinhados.

Desculpem-me os que precisam de ilusão para viver e também os camaradas e companheiros dessas lidas, que demonizavam a dita estátua até pouco tempo atrás, mas que agora gostariam de tê-la, nem que fosse por um momento, entronizada num altar de suas salas decoradas com a boa e honesta renúncia fiscal.

Minha prezada classe profissional do bem-estar social: ela ainda é aquela estátua normal, aquela velha e boa estátua moral, como a dos cartazes antigos, com um sorriso malicioso apontado para as nossas caras: "I can't get no satisfaction..."

Politics, wars.

Do you remember, guys?

Aliás, nunca é mesmo demais lembrar que o melhor dessas estátuas talvez sejam os milhões de dólares, ienes ou eu- ros que elas trazem aos ganhadores.

Do bolso da gente


Convém reiterar que só umas duas dúzias de cidadãos norte-americanos, mais ou menos americanos ou aceitos pela indústria cultural dos estadunidenses de um modo geral é que ganham a tal da estátua a cada ano e que tudo que eles ganham, de um modo ou de outro, sai do frouxo bolso da gente.

Quem pode pode; quem não pode agüenta as múmias e seus piores comentários críticos nas esforçadas traduções simultâneas.
The Oscar goes to you, "bro"!

quarta-feira, 31 de janeiro de 2007

O Jornalismo Hoje

Hoje estou apenas copiando um um Blog alheio...

Blog do Bourdoukan

Enquanto houver um explorado e um oprimido não haverá paz

http://blogdobourdoukan.blogspot.com/2006_12_01_archive.html

14.12.06

O jornalismo hoje

Um homem passeia tranqüilamente por um parque em Nova York quando de repente vê um pitt bull raivoso a ponto de atacar a uma aterrorizada menininha de 7 anos.Os curiosos olham de longe, mas - mortos de medo - não fazem nada. O homem não titubeia e se lança sobre o cachorro, toma-lhe a garganta e o mata. Um policial que viu o ocorrido se aproxima, maravilhado, dizendo-lhe: -O senhor é um herói. Amanhã todos poderão ler na primeira páginados jornais: "Valente nova-iorquino salva a vida de uma menininha.” O homem responde: -Obrigado, mas eu não sou de Nova York. -Bom, diz o policial, então dirão: "Valente americano salva a vida deuma menininha.” -Mas é que eu não sou americano, insiste o homem. -Bom isso é o de menos. De onde é o senhor?-Sou árabe - responde o valente. No dia seguinte os jornais publicam:
“Terrorista árabe massacra de maneira selvagem um cachorro americano de pura raça, em plena luz do dia e em frente de uma menininha de 7 anos que chorava aterrorizada."

sábado, 27 de janeiro de 2007

NÃO BATER À PORTA

Esse aforismo foi escrito por Theodor Adorno, filósofo Alemão (1903-1969), está publicado, no Brasil, no livro "A MÍNIMA MORALIA", editora Ática, p. 33.

NÃO BATER À PORTA. - A tecnificação torna, entrementes, precisos e rudes os gestos, e com isso os homens. Ela expulsa das maneiras toda hesitação, toda ponderação, toda civilidade, subordinando-as às exigências intransigentes e como que a-históricas das coisas. Desse modo, desaprende-se a fechar uma porta de maneira silenciosa, cuidadosa e, no entanto firme. As portas dos carros e das geladeiras são para serem batidas, outras têm a tendência a fechar-se por si mesmas, incentivando naqueles que entram o mau costume de não olhar para trás, de ignorar o interior da casa que o acolhe. Não se faz justiça ao novo tipo de homem, se não se tem consciência daquilo a que está incessantemente exposto pelas coisas do mundo a seu redor, até mesmo em suas mais secretas inervações. O que significa para o sujeito que não existam mais janelas que se abram como asas, mas somente vidraças de correr para serem bruscamente impelidas? Que não existam mais trincos de portas, e sim maçanetas giratórias, que não existam mais vestíbulos, nem soleiras dando para a rua, nem muros ao redor do jardim? E qual o motorista que já não foi tentado pela potência do motor de seu veículo a atropelar a piolhada da rua, pedestres, crianças e ciclistas? Nos movimentos que as máquinas exigem daqueles que delas se servem localizam-se já a violência, os espancamentos, a incessante progressão aos solavancos das brutalidades fascistas. No desaparecimento da experiência, um fato possui uma considerável responsabilidade: que as coisas, sob a lei de sua pura funcionalidade, adquirem uma forma que restringe o trato delas a um mero manejo, sem tolerar um só excedente – seja em termos de liberdade de comportamento, seja de independência da coisa - que subsista como núcleo da experiência porque não é consumido pelo instante da ação.